Por Jefferson Acácio
O bom de ser EU é que não existo
Visto a roupa imaginária que me cabe
O mal de ser EU é que nada me cai bem
Não tenho medidas exatas na personalidade
Me falta o corte certo e o alinhamento
A nudez é o meu manto eficaz
Não gosto do tecido da sua ignorância grudado no corpo
Colada ao meu corpo somente quero a tua pele - Nada a mais!
Não tenho vergonha dos traços que me desenham
E meu desenho tem colaboração artística do Bem e do Mal
Pro seu bem, venha e vista meu corpo de uma grife chamada amor
Pro seu mal, venha e vista meu corpo do seu corpo!
Para nosso pecado nos levar ao paraíso eterno!
E se não vier, entrego o meu corpo à poesia!
A poesia me veste melhor!
A poesia me veste melhor!