quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Santa Chuva

Por Jefferson Acácio

Vi por aqui passar uma grande tempestade
Começou com jorros de alegria
Num belo dia nublado de outono
Em pouco tempo, a terra já não se agüentava
De alegria se fazia também tristeza
Assim como os belos dias de amor
Até que o tempo comece a destruir tudo
É assim, irreversível mudança climática
Cada dia santa chuva aqui rendia

O teto então rompia
E rompia também o que por uns se prometia
O chão molhado de amor, jaz fonte de lágrimas se fazia
Como um dilúvio, tudo foi carregado, rua abaixo.
Até mesmo as boas memórias são arrastadas
O medo de outra tempestade é o que resta
Tende piedade, tende piedade da minha alma
Que não quero vê-la banhada outra vez desta santa chuva.

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