Por Jefferson Acácio
Adoro sua inconstância
Suas peraltices de menino desatinado.
E quando você está ligado
E quando se desliga.
Quando parte não leva nada de mim
E quando volta traz tudo o que preciso
Rouba-me as verdades e me compra com as mentiras
Adoro seu vendaval
Quando me arrasa por dentro
E consome minhas horas
Derrota minha paciência
Me esgota em lágrimas
Esvanece meu tempo
Adoro-te...
Como uma flor no jarro
Água na chaleira
O verbo ainda não conjugado
O dia que ainda não nasceu
Adoro sua ausência nos lugares que ando
E ainda assim, sua presença em mim
Onde o tenho de verdade como minha propriedade
Adoro como faz comigo e com as outras
Quando busco por você nas bocas sedentas
Somente adoro em palavras desmedidas
Em suspiros altos, que acordam as paredes da casa
Adoro-te em pensamentos e cegueiras
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