Por Jefferson Acácio
Eu sou puta!
Tenho filhos bastardos
Sou puta por gerar poesias e entregá-las ao mundo
Ainda descalças e sem um registro de nascimento. Bastardas.
Mas prefiro a incerteza dos caminhos por onde elas andam
Certamente se oferecendo à leitura nos faróis, semáforos e esquinas das cidades virtuais
Elas nascem sem embriões já alfabetizadas no HTML e códigos binários
Não sei se encantam ou entortam o nariz de quem as lêem
Só sei que a poesia é bastarda e o poeta é uma puta
O poeta mistura os espermatozóides da criatividade com hormônios extraídos da vida social
São diversos parceiros anônimos vivendo e gozando e o poeta germinando poesias
É quase uma permuta sincera, o qual vocês me dão e eu dou-lhes em retorno às minhas filhas!
Sou quase um ninfomaníaco literário.
Diversas vezes deleito-me às leituras e escritas.
Suor, suspiros e excitação de espíritos.
Nessas horas penso em tanta gente e juro não é pro benefício da masturbação
Mas meu peito e mãos também pulsam como na hora do orgasmo
Pulsam forte sufocando a caneta no papel
Pulsam forte martelando as teclas com golpes ligeiros dos meus dedos
O poeta sente, finge, fareja, mata, ressuscita, geme, morde e ladra
O poeta é verdade e é mentira, tem medo, e tem coragem
Menstrua, ovula, e germina.
E é uma puta que entrega ao mundo suas crias!
Só sei que a poesia é bastarda que se ofere à leitura e o poeta é uma puta que entrega suas crias ao mundo!
Jefferson, sempre venho aqui no seu mundo, mas este poema, em especial, mexeu comigo. Eu adorei o post. De coração! Ah! Adorei também a trilha sonora do do blog. Belíssima! Parabéns meu amigo, por tanta sensibilidade e agressão moderadas. You go boy! Visite o Meio Desligado, cara! Pus o link do Ponto Cruz lá! Ah! Aproveite, ao visitar o meu blog, para conhecer os blogs que sigo. É uma rapaziada fora de série. Tenho certeza de que vc irá gostar. E mais uma vez parabéns meu querido!
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