segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Dama da Noite



(Por Jefferson Acácio)

Sabe uma das coisas no mundo das criações de Deus que mais admiro? A lua! Sinto um alivio no peito como estivesse preenchido daquela luz que ela reflete. E quer saber, não me admiro o fato de que o homem tenha explorado a Lua, pois me contento daqui da Terra e me sinto mais próximo do que astronautas que a visitaram. Ao contrário, a lua a que me visita todas
 as noites do alto da minha janela e me faz dormir após assistir seu espetáculo da rotação iluminando meu quarto por inteiro! Parece tão perto, tão intima de mim, como se estivesse espreitando meus passos, e sondando meus pensamentos, clareando-os. Não me enche os olhos imaginar como é caminhar pela lua. Recuso-me a ser igual aos demais habitantes da terra azul. Seu contentamento está em explorar as obras do Criador, por não alcançarem a glória Desse Arquiteto. E então, enjoam, então partem para outros planetas do sistema solar, marte, júpiter... Para mim, é suficiente, estar deitado na minha cama olhando a lua e as estrelas fazendo festa no céu. A lua se transfigura para mim como algo sobrenatural e poético. Foi projetada para não deixar nossas noites escuras, pois nossas fontes de energia não dão conta. Mares e florestas não deixam de estar refletidos dela. E o mar? A combinação mais perfeita que existe com a Lua. O mar como espelho da Dama da Noite. Parece uma mãe do alto a nos observar. Às vezes passamos com um olhar tão ligeiro que não percebemos a magnitude dela. Alguns chamam essa contemplação de cafonice! Que seja então a cafonice, assim como o amor o é, assim como uma cena em que um casal se beija enquanto que uma luz do sol ou da lua banham seus corpos como se fosse uma permissão divina, puro clichê. Tudo o que é puro causa náuseas aos que trancaram o coração numa sela. Eu fico com a Dama dos Clichês, com a beleza da Lua a me cobrir com seu véu de luz!

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