Por Jefferson Acácio
Nada disso é causalidade...
A formação orgânica de cada célula que compõe o meu todo.
Cada elemento do meu corpo que é uma só unidade,
Que mesmo num recorte ainda seria o meu todo genético.
Nada disso é causalidade...
Esse ar que varre a poeira, as folhagens,
Que entra pela minha janela, derruba os folhetins,
Apaga as velas e alastra o fogo nas folhas secas,
Que também é aspirado pelas minhas narinas,
E que é combustível da vida.
Nada disso foi causalidade...
O primeiro minuto indivisível de tempo
Em que sua natureza humana se prostrou em fronte à minha,
As idéias se plasmaram no ar convergindo em linguagens subliminares através de gestos e olhares,
Conformados numa influência chamada de impulso vital,
Que nos fez selar os lábios.
A causalidade é um mero instrumento a serviço de potências invisíveis porque não nos acostumamos a sair da esfera dos fatos verificáveis para a esfera primitiva e desconstruída dos parâmetros da convenção social. A lógica é a Magia!
Não é causalidade...
O semelhante evoca o semelhante
E o possui num simples contato de pele e visão
Nesse ato indivisível do tempo os fenômenos acontecem.
Não é causalidade...
Que eu aceito a magia do que vem em segundo lugar - O alguém, o lar e o luar; o melhor do que há por traz do que enxergamos; e as coisas como elas vêm.
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