Por Jefferson Acácio
Leva! Leva tudo!
Encha meu saco
Torre minha paciência
Deixe-me por aqui com você
Senta no meu colo, e me cale logo
Põe silêncio em minha boca
Faça-me calos, enfrente-me, não me entenda
Pire minha cabeça, bagunce meu cabelo!
Quebre os pratos, pare o trânsito por mim
Se afogue que eu te salvo
Rasgue minhas roupas, jogue meus pertences pela janela
Marque comigo e não apareça, deixe-me em vã espera
Believe me… Love me… Hate me… Beije-me
Grite meu nome, escreva-nos na areia, apague com o pé
Afasta meu corpo de ti… Puxe-me depressa
Arranha minhas costas, dê pinta para outros…
Peça desculpas ou me dê gelo ou me coma inteiro
Faça sexo comigo num canteiro
Vê se me acha lá na esquina, ou estou na casa de mãe Joana
Eu tomo no orifício por você quando faço teus prestígios
Castigue-me com teus seios, faça por mim alguns sacrifícios
Arrependa-se, desespera-se, cometa então novos sacrilégios
Joga na minha cara que me ama, e não me dê mais bola
Esmaga-me com tua presença, deixe-me impotente
Eu subo pelas paredes, mas quebramos as paredes
Seja cada vez mais irreverente, mais do que eu possa agüentar
Eu quero polêmica, eu quero tua novela
Eu quero audiência, te quero nua numa capela
Para fazer casamento à moda antiga, como adão e Eva
Eu quero turbulência, eu quero sua loucura e paciência
Eu quero impacto, eu quero tua insanidade e inocência
Eu sou santo, devasso, um prisioneiro, e teu pássaro que voa alto
Eu sou tudo, eu sou nada, eu sou um, e sou todos!
Eu sou a sala cheia, eu sou a sala vazia, mas eu sou…
Simplesmente sou quem te ama!
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